12/01/2011

Rebeldia Sexual



Não me esconder. Viver... Me drogar... Transar... Amar... Usar camisinhas... Esta é a minha forma de protestar”. Grandes Mentiras é um filme que aborda a contemporaneidade de uma juventude rebelde, com ênfase na complexidade dessa fase da vida. O título se torna subjetivo ao transformar de forma crua os devaneios de um grupo de jovens que se prepara para curtir o verão da melhor maneira possível, segundo as suas visões. Uma vez que não há nenhum acontecimento central ou um simples fio em que possamos entender a história, o longa desperta uma curiosa atenção no modo em que trata a sexualidade dos personagens.

Sexo é a melhor demonstração de amor? Deixar-se levar por esse sentimento ou lutar para conquistar aquilo que o coração manda? Festas, drogas e sexo – sob esse tripé se sustenta a vida de todos os personagens. Há a garota indecisa, que sofre por não deixar fluir aquilo que exalam os seus hormônios, e quando o faz, perde as diretrizes e se lança em um amor que a faz descobrir um mundo desconhecido.

Há ainda o músico frustrado que transa com todas as garotas e magoa o coração daquela que o ama, que por sua vez, foi capaz de trair a sua própria amiga para viver esse romance. Pablo aparece duas vezes no filme somente para manter relações com Sônia e depois some misteriosamente. Ela mantém sua vida sem permitir a aproximação de muitas pessoas e sobrevive da venda de pastilhas de êxtase.


Toni é apaixonado pelo seu melhor amigo, Nico, e faz de tudo para agradá-lo, até mesmo topa a loucura de vender drogas. Entre olhares e indiretas, Nico não dá brechas para que ele demonstre seus sentimentos. Cansado por viver as dores de um amor proibido, ele se entrega ao sexo sem compromisso e ao delírio das drogas. Até que um desfecho brilhante, mas sem lógica, acontece.

A premissa principal é percebida quando o filme chega ao fim – os jovens da atualidade contemplam a sua liberdade de forma promíscua, se agarrando aos instintos e se deliciando naquilo que a idade permite. A fotografia peca muitas vezes, não obstante, não houve significado claro ao uso de fundos escuros em algumas cenas. As expressões de dor e sofrimento também deixam a desejar. No fim de tudo, contempla-se o recado do filme: as escolhas da vida sempre são um caminho sem volta.

Mentiras Y Gordas (Espanha, 2008)
Direção de Alfonso Albacete e David Menkes
Roteiro de Alfonso Albacete, David Menkes e Ángeles González Sinde
Com Mario Casas Ana de Armas, Yon González, Ana María Polvorosa, Miriam Giovanelli

7 comentários:

A. disse...

eu não assitiria esse filme, pelo menos não depois de ler essa resenha, acho que nada acrescentaria.

Debbys disse...

não é um filmes que me atrai... mas gostei da sua análise.. xD
bjsss

Jéssica Trabuco disse...

É a nossa juventude... por quase toda a sua maioria.

Clara disse...

Adoro esse temas que fazem as pessoas refletirem sobre as próprias vidas. E, convenhamos que o adolescente de hoje não é muito de reflexões, não é mesmo? Achei interessante e verdadeira a lição final: As escolhas definem tudo em nossa vida!

:) Gostei do novo layout!

Unknown disse...

Há filmes com ideias bem criativas, mas que pecam na produção. Apenas não ficou bem claro se é uma boa opção.
É um tema bem legal para debater, será que essa curtição vale e todos esses jovens encontrarão o que desejam? E principalmente, quais serão as consequencias das suas escolhas?
Beijos

Gosta/Cabelo disse...

até o final do post eu ainda não tinha conseguido identificar se a sua intenção era criticar ou elogiar o filme gwuhauhua enfim, acho q vale a pena assistir, só pelo estilo diferente: sem uma linha narrativa principal, sem sentido, sem moral e sem objetivo. tem tudo pra ser um filme péssimo ou um filme genial. ou as duas coisas...

Visitem nosso Blog Musical:
http://alvoradadosom.blogspot.com/

Érica Ferro disse...

Sabe, Jota, acho que nada é sem volta. Quer dizer, pra quase tudo tem uma solução. Só não há volta quando não se permite buscar um meio de voltar. Entende?
Mas é verdade que nossas escolhas dirão como será o nosso futuro.

E como a Debbys, não é um dos filmes que eu gostaria de ver; mesmo achando interessante ver e conhecer de tudo nessa vida (sem se envolver diretamente, claro).

Um abraço.

P.s: morro de rir com os seus comentários no meu blog (com o último particularmente). Você é uma comédia!