Hoje visitei a criança que estava presa dentro de mim. Estava pálida, faminta e respirava profundamente o pouco ar que restava. Na verdade, o ar era como uma faca perfurando suas narinas. Porém ela era forte: não demonstrava o que realmente sentia, mas sabia que essa era só mais uma máscara. Uma criança usando máscara; esse sim era o auge da hipocrisia. Mas, a quem ela estava pensando enganar? A sociedade? Os seus pais? – Não importa! A verdade é que a criança não era mais aquele ser angelical, puro e inocente, pelo contrário: ela tinha crescido. E junto com ela também cresceu o cinismo e a autopunição. Dela agora só restam os cigarros.
2 comentários:
Forte, né? Acho que se eu visitasse a criança que existe em mim, encontraria-a no mesmo estado em que você encontrou a sua: aos pedaços.
Abraço :)
arg, minha infância foi legal! e a criança que habita em mim nunca morreu! Graças a Deus.
Forte abraço.
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