12/02/2014

Na prisão, encontrei a liberdade

Terminei meu curso superior há pouco tempo e a primeira coisa que pensei foi em nunca mais voltar à sala de aula. A intenção era me livrar daquelas quatro paredes que sugaram mais de 15 anos da minha vida. Eu queria ter a liberdade de dizer que tinha “terminado” meus estudos. O plano agora seria trabalhar e conquistar minha independência financeira sem ser consultor da Romanel.

 

Só que o mercado de trabalho não perdoa. Ele quer e exige pessoas qualificadas. Por esse motivo fui procurar fazer uma especialização – não quero ficar pra trás nessa corrida rumo ao sucesso profissional. As aulas começaram essa semana e no primeiro dia delas vivi tudo o que já era de praxe: apresentação aos novos colegas, falar em público, expressar suas opiniões, aprender. Daí, depois de tantos anos enclausurado, encontro nesse ambiente a liberdade que sempre almejei.

Percebi na aula o quanto aquelas quatro paredes fizeram o diferencial na minha construção como pessoa. Foi ali que conheci gente e fiz amigos, aprendi a me abster de tudo o que foi construído em minha mente, viver novas situações, adquirir novos conceitos, experimentar um mundo a partir do conhecimento.

Percebi o quanto é prazeroso aprender, discutir, estar sujeito a aceitarem suas opiniões e, sobretudo, mudar a sua. Até mesmo a satisfação de comprar o material escolar adocica ainda mais sua formação.

Aprender é a maior dádiva da vida, conclui. O conhecimento é o diferencial que o mercado exige, não por ser cruel, entendi, mas pelo fato de o saber engrandecer o ser e o fazer humano. Estar em uma sala de aula finalmente se tornou emocionante e é desse lugar que jamais quero me desprender, nem que pra isso eu nunca mais volte a pisar em uma universidade, entende?

Um comentário:

Érica Ferro disse...

É o que eu digo: se a gente mete na cabeça que uma coisa é chata de se fazer, ela será insuportável de ser realizada. Mas, se estamos atentos para vermos o melhor lado das experiências que vivemos, conseguiremos aprender e crescer muito com todas elas.
Eu não tenho a mínima vontade de "me livrar" do curso que estou fazendo. Minha meta, até o fim dos meus dias, é adquirir ricas experiências, ser um ser humano e uma profissional melhor a cada dia.

Beijo, moço.

Sacudindo Palavras