14/08/2013

O novo "Massacre da serra elétrica" fica na mesmice e não agrada

Quando alguém se propõe a refazer uma obra, principalmente se ela for um filme, precisa, sobretudo, ser esperto e ter criatividade para conquistar público. Não dá para evitar a réplica de certos pontos do roteiro, mas cair na mesmice é jogar todo o trabalho no lixo. Em “O massacre da serra elétrica 3D – A lenda continua” (Texas Chainsaw 3D) o diretor John Luessenhop conseguiu abraçar o meio termo dessa questão. O filme tem todos os seus clichês: sustos, sangue e perseguição, o que anima os fãs do gênero de terror. A surpresa e grande sacada de Luessenhop ficou para o final do longa - que não cabe ser dita aqui. Mas, apenas isso. O que era para ser um campeão de bilheteria não conseguiu trazer algo novo à história e se tornou apenas mais um filme da franquia.




Baseado na lenda que aconteceu no Texas em 1974 (essa data é contestável já que alguns veículos de notícias afirmam que tudo começou em 1954), a película inicia contextualizando a lenda de cinco jovens que foram perseguidos por um maníaco que tentava os matar usando uma serra elétrica como arma. Apenas uma moça conseguiu fugir dele e sobreviver. Contou tudo para a polícia e no fim das contas a família do maníaco foi cruelmente assassinada. O que ninguém sabia é que uma menina recém-nascida e o assassino da serra elétrica, conhecido como Leatherface (rosto de couro), sobreviveram.

O tempo passou, a criança Heather Mills (Alexandra Daddario) cresceu e virou uma linda mulher. Um dia recebeu um envelope com o testamento de sua avó, que lhe deixou como herança uma mansão no Textas. Ela partiu com mais três amigos Nikki (Tania Raymonde), Ryan (Trey Songz) e Kenny (Kerum Milicki-Sanchez) em busca do que era seu. Chegando lá o grupo viveu algo sobrenatural e doentio, do qual não esperavam. O Leatherface ressurgiu em busca de sangue e vingança e Mills teve que decidir entre a família, amigos ou lutar pela justiça.

A história do maníaco do Texas é real e por isso já gera certo medo. A expectativa pelo filme era grande por parte dos fãs, já que a nova versão veio em 3D. O fruto disso foi o primeiro lugar nas bilheterias dos EUA com US$ 23 milhões nas primeiras semanas de lançamento. E só. Quando saiu de cartaz no país o longa atingiu a marca de US$ 34 milhões.

Para quem gosta de levar uns sustos, ver sangue, gente gritando de dor (mesmo que isso não aconteça muitas vezes) e ainda ser surpreendido no final, o filme vale a pena. Porém, eu prefiro a versão de 2003, dirigida por Marcus Nispel. Diferente da de 2013, lembro que em nenhum momento todas as pessoas do cinema começaram a rir das atitudes infantis do assassino, as cenas de tortura eram mais longas e tinha muito, mas muito mais sangue jorrando pela tela.

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