PREVISÕES DE UMA CARTOMANTE

Era um dia normal na tenda da cartomante, até a chegada daquela mulher misteriosa. Ela entrou abrindo espaço entre as cortinas vermelhas e aveludadas. Usava um longo vestido preto que a cobria dos braços até a ponta dos pés e um chapéu que escondia metade do seu rosto pálido.

- Quanto é a consulta de mãos? – Perguntou com uma voz apressada.

- São R$200 – respondeu a cartomante, cheia de dúvidas em relação a personagem a sua frente – Por favor, sente-se.

A mulher, indiferente, estendeu a mão e, como era frequente, as visões apareceram na mente da cartomante. Vultos, nuvens negras, assobios, gritos... Umas séries de manifestações foram reveladas a cartomante que estava completamente em transe.

- Eu vi uma coisa muito estranha – disse ela, com o suor escorrendo no rosto e a garganta suplicando por água.

- Sério? O que poderia ser tão estranho? – A mulher não fez questão de disfarçar a voz irônica. Em movimentos calculados, aos poucos ela tirava um objeto de dentro da bolsa.

- Vi que você mataria alguém e falava... – A cartomante mal terminou de falar e a donzela de preto sacou uma arma da bolsa e deu-lhe um tiro na cabeça. Com toda frieza e sensação de vingança tirou um papel do bolso, desdobrou-o e o colocou sobre o corpo estendido no chão. No papel estava escrito:

“Perdoe-me pela frieza e por não dizer-lhe isso antes, mas nada tenho contra você. Venho assassinar-lhe a pedido de sua filha que queria a sua herança. Você sabe, não importa o quando tente ser bom não dá pra segurar uma garota má. Assim, despeço-me. E, descanse em paz.”

Graça e Paz, rs! Bom, mais uma participação do OUAT - lá consegue destaque quem participa de todas as edições e não quero perder isso! Bom, texto leve, inusitado e tals, espero que gostem. Amanhã vou tentar fazer uma resenha - se eu tiver tempo. Até mais e ah, sigam-me no twitter!