08/11/2009

Ensino as Avessas

Geysa, estudante de Turismo pela Uniban, foi vítima de preconceito por usar um vestido curto ao ir assistir uma aula na faculdade. Fato esse que vai contra o que a moda atual prega e que está concretizando a "vitória" do movimento feminista, deixando as claras o verdadeiro papel da universidade. O movimento feminista foi peça chave para que as mulheres assumissem seu papel de independência na sociedade. Dentro desse contexto, a moda, que sempre varia de acordo com tendências, estações do ano e outro fatores, contribuiu para que essa liberdade fosse concretizada. O que vemos são mulheres que se libertaram da cadeia social e, de uma forma sutil, revelam sua cultura através das roupas que usam. Porém, a universidade está mostrando um caráter contrário ao que o movimento das mulheres lutaram por vários anos. Outrora um lugar de desaprisionamento intelectual, liberdade de expressão, entidade de formação crítica, a universidade tornou-se um local onde os estudantes, ao invés de tornarem-se formadores de opiniões, estão deturpando a intelectualidade e se fixando nas raízes do preconceito. Segundo Emile Leite, docente da Universidade Federal do Maranhão (Ufma) "A academia sempre teve um discurso progressista, moderno, aberto, e no entanto nós a vemos a cada dia tornar-se um dos lugares onde o preconceito é legitimado continuamente, seja contra emos, homossexuais ou contra uma jovem que por usar um vestido curto é chamada de 'puta'." A figurinista Emannuela Cristina afirma que " a estudante errou em ter usado aquele vestido, pois estava em um lugar inapropriado para tal vestimenta". O que se percebe ao longo dos discursos apresentados é que a sociedade está perdendo o seu valor quando envolve a questão liberdade de expressão. Segundo a constituição federal, somos livres para qualquer e toda manifestação cultural o que não nos impede de sermos tachados de estereótipos traduzidos por falta de "iluminação" na mente dessa sociedade cada vez mais vassala contra o individual. Em outras palavras, a universidade ao invés de desaprisionar estudantes do preconceito, seja contra qualquer tipo do mesmo, está mostrando sua verdadeira face: distribuidora de conhecimento e incubadora de conduta moral.

2 comentários:

Luan Fernando disse...

Eu concordo que ela usou algo muito ousado para uma universidade, porém, não aprovo a atitude dos seus colegas, afinal, temos a liberdade suficiente de ao menos poder escolher uma roupa para sair. Vai entender...

Anônimo disse...

Moda tem a ver com proporção e adequação ao ambiente. Acho que ficou óbvio que ela não estava vestida de forma apropriada ao ambiente de estudo. Pergunte a qualquer guru da moda e todos serão unânimes. Não sei ela, mas quando vou à faculdade é para estudar.

Além do mais não devemos confundir liberdade com libertinagem. Quando minha "liberdade" ofende à liberdade do outro, então encontrei um limite a respeitar. E ela não respeitou os limites impostos pela instituição que, provavelmente, devem ter sido entregues quando fez matrícula.

Outro porém. O feminismo é a maior desgraça que já aconteceu para a estrutura familiar e social. Estudos e pesquisas científicas (promovidas, inclusive por mulheres) têm comprovado o quanto isso foi, e ainda é danoso para os homens e mulheres em todo mundo, gerando comportamentos antinaturais. Mulher não tem que ser feminista, tem que ser feminina. Assim como homem deve ser masculino e não machista. Todo extremismo é prejudicial.

E cá entre nós... Embora a atitude da universidade não tenha sido das mais educacionais; e eu sou totalmente a favor dela retomar os estudos e ser bem tratada; mulher que se dá respeito também é respeitada.