05/10/2013

Enquanto dá tempo

Idiota!” Era só nisso que eu pensava enquanto me lembrava das tardes que passamos conversando admirando um ao outro, deitados na relva seca de outono ou sentados no sofá da sala. Lembrei-me das palavras apaixonadas que eu dizia ao seu ouvido, das promessas que te fazia quando você me olhava sorrindo e das tantas vezes que sacrifiquei os meus compromissos para estar ao seu lado.

E você, I-DI-O-TA, não soube valorizar isso.




Me traiu sem me ter, me trocou estando perto, roubou meu coração e o rasgou como um pedaço qualquer de papel. Sambou nos meus sentimentos, fez praça com os meus desejos e matou os meus sonhos. Idiota. Não soube amar quem te amava. Não fez questão de corresponder a um compromisso sério. Não foi homem suficiente para lidar com alguém que só queria te fazer feliz.

Apesar disso tudo, quando refletia na nossa história, a raiva foi passando e a saudade tomava conta. Recordei do aviso que te fiz em um dos nossos últimos encontros, lembra?

Te disse que meu coração estava se fechando pra você, mas que eu ia deixar a porta só encostada, caso você desejasse voltar. E ela continua lá, entreaberta, deixando os poucos raios de sol iluminar a vontade que tenho de te beijar de novo e te dizer “Eu te amo, idiota”.

Volta logo, enquanto dá tempo. Ou pode aparecer alguém com a chave e trancar a porta de vez.

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