Muitos dizem que ele parece ser o ex-candidato a governador do Maranhão, Flávio Dino, por ter a pele morena, cabelos levemente assanhados e os óculos quadrado. Outros o assemelham ao jornalista que dá vida ao herói super-homem, Clark Kent, por ter um trejeito desajeitado e inteligência fora do comum. Na verdade, esse professor universitário de 36 anos é uma peculiar mistura dessas características. Ele é Alexandre Maciel, mestre nas artes do jornalismo literário, contador de histórias e um eterno aprendiz.
Pelo mesmo corredor da UFMA ele chega com mochila nas costas e suas ideologias político-culturais estampadas no peito. Se o seu guarda-roupa falasse, iria sair dali vozes recitando poemas de Graciliano Ramos, pensamentos de Dostoievski e músicas, talvez do seu artista preferido, Chico Buarque. Entre uma aula e outra é batata: a cantina é o seu alvo para o velho copo de café, sempre cheio até a metade, ou a viciante coca-cola de 200 ml. A cafeína o deixa mais elétrico e as risadas dentro da sala de aula são certas.
Um gole de coca e se inicia o estudo:
- Os principais nomes do jornalismo literário são... e um tropeço na mesa.
Outro gole.
- Como eu tava dizendo, o poder político daquela época... e mais um esbarro na cadeira.
Desastrado como só ele sabe ser, as melhores aulas do curso de jornalismo da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) são completadas com sua voz afinada ao imitar a fala de uma fonte feminina ou com os clichês adquiridos em esse um ano de estadia no Maranhão: “O jeito é dá uma corrigidinha com você”, “É só facada”, “Texto excelente”, “Tá du caralho”. E em quase todos os momentos lá está sua garrafinha de coca ou o seu copo de café.
Mesmo com o título de mestre, nunca se viu Maciel negando ajuda a algum aluno ou o humilhando diante de todos, pelo contrário. Todas as vezes que alguém surge com um texto ou informação nova, suas palavras dão ânimo para aqueles que um dia se sentiram incapacitados. Pra ele tudo é novo e isso o faz um eterno aluno diante dessa escola chamada vida.
Além de tantas qualidades profissionais e suas tarefas de professor-marido, ele ainda acha tempo pra dar uns pitacos como músico. Alexandre é, talvez, o professor mais querido da universidade, uma vez que sua personalidade e carisma o fazem ser a pessoa íntegra, profissional e cheia de vida que é.
PS: Ele agora está fazendo academia e teve de abolir a tradicional coca.
Juro que vou responder os comentários!
Esse é o perfil do melhor professor da universidade que estudo
aplausos pra ele.
Até!!!
11 comentários:
Simplesmente um dos melhores. Alexandre Maciel é um grande mestre e um exemplo maravilhoso para qualquer iniciante na carreira de jornalismo se espelhar. Belo texto, adorei o perfil..
Sempre bom quando podemos falar de um professor que nós gostamos, acho que a personalidade da pessoa influencia muito a maneira com que aprendemos, porque ter medo de perguntar algo para um professor é terrível. Hoje em dia anda difícil encontrar professores, digo, pessoas pacientes.
Oi, seguindo-te.
Adorei seu blog. Escreves muito bem, estou prestes a fazer vestibular e estou em dúvida em medicina e comunicação, seguir alguém da area pode me fazer bem.
Beijos.
Adorei esse lugar.
Interessante....
Me divirto aqui.
Bjs
Acho nque universidades e escolas são lugares onde é fácil encontrar uma figurinha assim... Não sei, mas admiro muito professores, acho que, mesmo não sendo tão carismáticos como o Alexandre, todos têm um quê de pessoa iluminada e generosa.
Amo todos os meus ex professores, sem exceção, uns mais outros menos...
:)
ficou ótimo! tenho certeza q seu professor ficou bem feliz ao ler.. xD
bjs
Que bonito! Difícil não gostar de uma pessoa assim.
Amei o texto! E conto que também tive professores incríveis.
Obrigada por teu comentário.
Linda semana!
Beijos, James.
Paz!
Taí, uma bela homenagem ao seu mestre...
Abraço
uau, adorei como vc descreveu ele. muito bom *-*
Caraca! Ótimo perfil. Descreveu muito bem o nosso querido mestre. Como achava engraçado os constantes esbarrões. Rsrsrsrs. Bons tempos...
Não falta por aqui quem o compare com Steven Seagal.
Campo Grande (MS)
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