07/07/2009

Atrás das Grades

Fazia uma bela tarde de sol naquele dia. Eduardo, sem pensar duas vezes, logo pegou seu cachorro, pôs a coleira nele e foram dar um passeio no parque. Lá as crianças brincavam nos brinquedos, os pais namoravam nos bancos esperando seus filhos se divertirem, enfim, estava tudo ocorrendo como sempre. Eduardo se divertia só em olhar aquelas famílias unidas em mais um fim de semana tranqüilo. Porém, aquela tarde de sol estava por virar em uma noite sombria e gelada. O cachorro de Eduardo foi atraído por um dos brinquedos que uma bela menina carregava em sua mão direita, um babador colorido e atraente. Eduardo, distraído, não percebeu quando seu cão fez força para livrar-se da corrente e em alguns milésimos de segundo, lá estava o seu animal atacando ferozmente a pequena menina em busca do encantador babador. Os pais da menina não hesitaram em chamar a policia. Meia hora depois, estavam todos na delegacia discutindo como teria ocorrido o fato que quase resulta na morte de uma frágil criança. Depois de um longo tempo de discussões e contradições do relato pelas partes envolvidas, o pai da criança teve de tomar uma decisão: marcou uma audiência que julgaria o dono do cachorro culpado ou inocente pelo quase-crime. Naquele instante, Eduardo, um simples fotografo, estava se tornando um réu. O dia da audiência chegou. Eduardo estava muito nervoso, afinal, era a primeira vez que enfrentava essa situação. Os pais da menina estavam muito tranqüilos, era de se estranhar. O juiz finalmente chegou, o coração de Eduardo batia a mil por hora, até que finalmente a surpresa: o juiz era o velho tio de Eduardo que ele não via há anos. Batido o martelo a audiência começa. O advogado de acusação se pronuncia – era um ótimo advogado, diga-se de passagem – acusando o jovem de deixar o seu cachorro solto, logo este atacou a pobre menina indefesa. Quando o advogado de defesa estava a ponto de vetar a acusação, o juiz deu um sinal para que este não proferisse nenhuma palavra. Eduardo ficou mais nervoso ainda. Não demorou o discurso do advogado de acusação e logo o juiz levantou-se de sua poltrona e deu inicio ao seu decreto. Ninguém entendeu aquilo, todos ficaram surpresos com a ação do juiz naquele momento. Para a surpresa de todos, o juiz naquele dia, estava indo visitar o seu sobrinho que já fazia algum tempo que não o via. No caminho, ele passou por uma praça onde crianças brincavam nos brinquedos e os pais namoravam nos bancos esperando as crianças se divertirem. Derrepente avista um cachorro se soltando do seu dono e indo em direção a um babador que estava na mão direita de uma linda menina. Nesse momento, todos estavam abismados pelo que o juiz relatava. No final disso tudo, o juiz absorveu Eduardo pelo crime, alegando que não tinha sido culpa o seu cachorro se soltar das correntes, porém, o pai da criança era um vigarista que colocava uma essência comestível para cachorros nos brinquedos de seus filhos, para atrair a atenção dos cães que passavam pelo parque os fazendo atacarem seus filhos para, logo depois, processar os donos e levar um bom dinheiro. Aí se dava o fim da carreira de um vigarista de quinta categoria e a liberdade do fotografo Eduardo que finalmente pôde passar um tempo com seu tio, o bom e velho juiz

5 comentários:

Luan Fernando disse...

Gostei da historia, temos que tomar cuidado, tem muita gente nesse mundo que gosta de dá de esperto.

Elizeu Soares disse...

Oi,
Depois de dias tão cheios e sem tempo para está aqui to voltando...logo vou postar...
Fica na paz...

Elizeu Soares disse...

Agora sim comentando:
Muito interessante o final que a verdade foi proclamada e ouve justiça!!!
Fica na paz...

K.R disse...

Graça e paz James. Estava passando no blog do Esaú e ví "anti-verbal". Gostei das coisas que escreve. Deus abençoe.

' Rôh disse...

Bom texto e deixa uma grande lição.

Gde abraço, James!


=D, Roh