31/05/2011

Livre para não pensar!


Como será viver em um mundo onde o seu dia-a-dia é completamente monitorado por um governo totalitário e onde o ato de pensar e construir ideias são considerados crime mortal? Uma sociedade assim foi imaginada de maneira inteligente por George Orwell, pseudônimo do jornalista inglês Eric Artur Blair, e resultou em uma das suas obras mais famosas, 1984 (Nacional, 2005, 300 páginas, tradução de Wilson Veloso), publicado em 1948.

Orwell foi um dos primeiros autores a utilizar da técnica do jornalismo literário em seus livros, onde o real é contado de maneira aprofundada, com uma narração que usa e abusa da descrição dos fatos. Às vezes sendo entediante nas descrições, ele nos conta com certo romantismo a história de Winston Smith - um homem que, mesmo trabalhando para um governo que monitora através de um aparelho o cotidiano das pessoas, foi capaz de correr riscos para tentar viver em uma sociedade onde o pensamento era livre, não escapando das monstruosas consequências de uma rebelião.

Os 23 capítulos foram escritos fazendo o leitor associar com clareza a vida do personagem principal à dinâmica da sociedade da época, diferente do que acontece no desastroso filme escrito baseado no livro, dirigido por Michael Radford e lançado no ano de 1984. Se Orwell atentou-se para a clareza da informação e para ordem cronológica dos fatos, tudo isso foi esquecido por Radford. Quem assiste ao filme é privado de certas informações cruciais para entender a história, fato que em nenhum momento o jornalista inglês deixou de fazer.

A sensação que se tem ao ler o livro é de estar completamente inserido dentro dos acontecimentos, sentindo na pele como é ter que viver se policiando para não demonstrar vestígios de ideias que contrapõe as do governo. A narração brilhantemente construída para que o leitor reflita sobre até onde alguns homens foram capazes de lutar a favor da tão sonhada liberdade de pensamento e as suas duras consequências.

Meu povo, essa foi o texto que vai salvar ou destruir minha vida em uma disciplina da faculdade. Tenho que tirar nele nota máxima, senão tô praticamente reprovado. Mas em nome de Jesus vai dar certo.
Bom, quero agradecer as 40 mil visitas nesses exatos 1 ano e 5 meses de blog. Obrigado a quem sempre me visita, fiz grandes amigos aqui.
Bom, no mais é isso. Se cuidem ;***

Um comentário:

Thaís A. disse...

Li esse livro em janeiro e minha opinião não pode ser diferente da sua. Esse livro é íncrível, realmente me sentia na pele do Winston (e torcia por ele). Maravilhoso!